Maior acervo online sobre ditadura brasileira é relançado em São Paulo

O portal Memórias da Ditadura, o maior acervo online sobre a história da ditadura no Brasil, de 1964 a 1985, foi relançado hoje (10) na capital paulista. A partir de agora, o site passa a contar também com dados e informações da Comissão Nacional da Verdade (CNV). O portal, desenvolvido pelo Instituto Vladimir Herzog, tem acesso gratuito e todo o conteúdo é de domínio público.

“É um portal que traz a história da época da ditadura, e a maneira que ele é construído é para tentar fazer uma conexão do passado com o presente. Até porque vários temas daquela época estão voltando agora”, disse o diretor executivo do Instituto Vladirmir Herzog, Ivo Herzog.

Entre os novos temas presentes, estão a criação de mecanismos de prevenção e combate à tortura, a reforma na polícia, na segurança pública, e no sistema prisional. Também têm assuntos específicos, como as mulheres, os indígenas e a comunidade LGBT. O site passou a contar ainda com uma área exclusiva sobre a educação na ditadura, que está dividida em quatro partes: educação pré golpe; educação básica na ditadura; universidades e ditadura; e mercado editorial.

O portal, que hoje conta com mais de 1 milhão de caracteres, havia sido lançado originalmente no fim de 2014, quando a Comissão Nacional da Verdade ainda não tinha encerrado os trabalhos e produzido os relatórios finais. “A gente trouxe agora, essa área nova da CNV, mas também as várias comissões estaduais e municipais, e as de fora do país, para que as pessoas entendam o tema, o que é uma comissão da verdade, qual o papel dela”, afirmou Herzog.

O site, que atualmente chega a registrar picos de cerca de 20 mil acessos diários, tem mais de mil itens (posts) publicados, com centenas de imagens, centenas de vídeos e mais de 1 milhão de caracteres.

“O foco é um foco educacional, é um foco de formação. Além de ser uma grande base de consulta, a gente tem áreas com propostas de atividades para educadores. A gente tenta dar direcionamento para como usar esse material dentro da sala de aula”, destacou o diretor executivo do instituto.

O novo portal pode ser acessado em www.memoriasdaditadura.org

Fonte – EBC

2 Comments

  1. Interessantíssimo! Por quê? Porque depois de quase meio século, com bastante tempo para alterar os arquivos, o que eles quiserem vai ser passado como verdadeiro. Eu, por exemplo, precisei de meus “Assentamentos Militares”, recentemente, para orientar um PA (Processo Administrativo) que corre junto a CAMJC (Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e Cidadania), e o que me foi fornecido pelo EB (Exército Brasileiro) só continha parte de um período dos assentamentos, com uma informação improcedente de que o outro período não informado havia sido entregue à minha pessoa em certa ocasião, quando de fato a referida parte não incluída havia sido enviada de uma Unidade Militar para outra e não à minha pessoa. Por esse fato posso suspeitar que outras ocorrências podem ter sido deturpadas. Pior é que tenho como provar o que estou narrando e no qual sustento minhas suspeitas.

  2. Prezados Senhores, autorizo-vos as publicações de todos os comentários que postar e fico ao inteiro dispor de vossas senhorias para mais informações, se necessário for.

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