Entre os presos, 36 eram do Exército, 27 da polícia (carabineiros), dois da Força Aérea, um da Marinha e um da Polícia de Investigações (civil), destacou o estudo, elaborado pelo Laboratório de Direitos Humanos da universidade. Dos nove agentes restantes, seis foram favorecidos com medidas judiciais que permitiram que cumprissem as penas fora da prisão e outros três morreram.
Os tribunais chilenos mantêm abertos 350 processos por desaparecimento, torturas, cárcere privado e conspirações que datam do período ditatorial, e que envolvem 700 militares e agentes civis.
O estudo foi apresentado um dia antes da exibição de um polêmico documentário intitulado Pinochet, uma homenagem ao ditador que será realizada por seus simpatizantes em um teatro de Santiago e que causou o repúdio de grupos de direitos humanos e de parentes dos presos e desaparecidos.
A ditadura de Pinochet começou com o golpe de Estado de 11 de setembro de 1973, com a destituição do presidente socialista Salvador Allende, que morreu durante o bombardeio ao Palácio de La Moneda, sede do Executivo. Um último relatório oficial, publicado em agosto de 2011, elevou a mais de 40 mil as vítimas do regime, entre elas 3.225 mortos ou desaparecidos. O restante foi preso e torturado.
EFE – Agência EFE