Barneix e outros três militares reformados, o coronel Washington Perdomo, o capitão José Baldean e o tenente José Puigvert, apresentaram-se no escritório da juíza penal Mariana Mota, que lhes comunicou que a promotora Ana María Telechea solicitou a prisão dos quatro por violações aos direitos humanos.
Quando o general reformado saía do tribunal, foi abordado por um filho de Perrini que o acusou de ter assassinado seu pai e lhe deu um soco, de acordo com as imagens mostradas por um noticiário do ‘Canal 10’.
A investigação aponta que Barneix, Puigvert e Baldean participaram dos interrogatórios em que Perrini foi assassinado, enquanto Perdomo era o subchefe do Batalhão de Infantaria número 4, no departamento de Colônia, onde Perrini foi detido, torturado e morto.
A vítima era um comerciante que apoiava a Frente Ampla – atualmente participante da coalizão do Governo de esquerda -, mas sem vínculos com grupos subversivos.
Aldo Perrini foi detido em fevereiro de 1974, oito meses após o golpe de Estado, e morreu depois de poucos dias.
Com a chegada da esquerda ao Governo, em 2005, a Justiça recebeu sinal verde para investigar as violações aos direitos humanos durante a ditadura, e vários militares reformados, entre eles o ex-ditador Gregorio Álvarez, foram processados e presos.
Fonte – EFE