Em 2012, um projeto para revelar um passado obscuro do país saiu do papel. A Comissão da Verdade foi criada para esclarecer violações aos direitos humanos praticadas durante a ditadura militar no Brasil. 434 mortes e desaparecimentos ocorridos no período de 1964 a 1985 foram confirmados. A comissão foi alvo de críticas dos militares do início ao fim. Eles chegaram a pedir que os fatos descobertos não fossem divulgados, mas a Justiça negou.
Apesar de as circunstâncias de diversos assassinatos, sequestros e torturas terem sido reveladas, a maioria dos desaparecidos no período não foi encontrada. Após dois anos e sete meses de audiências públicas, depoimentos e pesquisas de arquivos sigilosos, o relatório final da comissão foi entregue, em dezembro de 2014. Um advogado invadiu a cerimônia. Joel Câmara pediu a palavra e exigiu que a comissão incluísse na lista de pessoas mortas e desaparecidas o nome de militares vítimas de atos de terrorismo. Ele foi hostilizado pelos participantes do evento.
O relatório de mais de quatro mil páginas fez recomendações para que os atos cometidos durante a ditadura não se repitam. Os principais pedidos foram que as Forças Armadas assumam juridicamente os atos cometidos e a extinção das polícias militares. Nenhum dos dois pedidos foi atendido.
Fonte – CBN