Reforma do Cais Mauá também deve conter, nas pedras do porto, os nomes de militantes que foram levados para a Ilha do Presídio nos chamados Anos de Chumbo
O prefeito José Fortunati acolheu a proposta do Movimento de Justiça e Direitos Humanos para executar o projeto Marcas da Memória em Porto Alegre, a exemplo do que já é feito em Buenos Aires, na Argentina, e em Montevidéu, no Uruguai. A meta é identificar locais que serviram como centros de tortura no período da ditadura militar.O presidente do Movimento, Jair Krischke, apontou a Fortunati locais onde isso ocorreu, como o chamado “Dopinha”, na rua Santo Antônio, 600, que só foi desativado com a morte do sargento Manoel Soares, no episódio que ficou conhecido como o Caso das Mãos Amarradas, e a esquina entre as ruas Duque de Caxias e João Pessoa, onde o então tenente Carlos Lamarca, no comando da guarda do quartel da Polícia do Exército, deu fuga ao capitão aviador Alfredo Ribeiro Daut, que ali era mantido preso e sob tortura.
Fortunati também já encaminhou o projeto à equipe que reforma o Cais Mauá para registrar, nas pedras do porto, os nomes de militantes que foram levados para a Ilha do Presídio nos chamados Anos de Chumbo.