Suposta ameaça a delegado da ditadura adia depoimento na Câmara

A audiência publica da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), marcada para esta quinta-feira, foi adiada, devido a uma tentativa de assassinato contra o delegado aposentado Claudio Guerra, personagem central do livro Memórias de uma Guerra Suja.

Ao abrir a reunião, o presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), explicou que o delegado alegou a necessidade de garantia de segurança para seu deslocamento a Brasília, onde falaria sobre sua participação na morte de militantes da esquerda na época da ditadura militar, nos anos 70.

Paim foi informado de que, na madrugada da quarta-feira (16) três homens rondaram a casa do delegado, na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo. Claudio Guerra, que se diz arrependido dos crimes cometidos e narrou a dois jornalistas as ocorrências em que esteve envolvido na época da ditadura, afirmou ter ouvido um dos homens gritar a frase “eu vou pocar”. Na gíria policial da época, a frase era a senha para o ato de disparar a arma, para matar quem estivesse no alvo.

A CDH destinou a reunião desta manhã ao exame de projetos. Um deles, do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), é destinado a regulamentar o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos (PLS 667/2011) e tem parecer favorável do senador Paulo Davim (PV-RN).

 

 

Fonte – Jornal do Brasil

 

Cláudio Guerra sofreu atentado nesta madrugada, denuncia senador

 

O senador Paulo Paim (PT-RS) acaba de subir à tribuna para denunciar um atentado ocorrido nesta madrugada contra o ex-delegado do DOPS(Departamento de Ordem Política e Social) Cláudio Guerra.

No livro “Memórias de uma guerra suja”, dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, Guerra confessou o assassinato e a incineração de diversos presos políticos, além da participação em atentados a bomba como o do Riocentro, denunciando os nomes de seus comparsas.

Segundo Paim disse na tribuna, três homens cercaram a casa de idosos no interior do Espírito Santo, onde o delegado estava  escondido, e um deles ameaçou atirar.

Logo após o discurso, Paim falou ao Poder Online:

 

 

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