O governo do Rio realizou ontem cerimônia de reparação e pagamento de indenização a 120 presos durante a ditadura, entre eles a presidente Dilma Rousseff. Ela não compareceu ao evento, nem mandou representantes.
No evento, vítimas de prisão durante a ditadura pediram a punição dos militares acusados de tortura durante o regime. Queixaram-se também da demora de pagamento das indenizações já concedidas e da ausência de novo prazo para que outras pessoas requeiram a reparação.Ministro da Defesa diz que abrirá documentos das Forças Armadas
Um dos pedidos das pessoas indenizadas era a punição dos militares acusados de tortura.
“Queremos reparação como memória, verdade e justiça. A indenização é algo importante, mas apenas uma parte dessa reparação”, disse Ana Miranda, que representou as vítimas da ditadura na cerimônia.
Entre as 120 pessoas homenageadas estava a presidente. Ela teve o nome lido e foto exposta em telão, assim como os demais presos políticos.
Dilma decidiu doar os R$ 20 mil de indenização ao Grupo Tortura Nunca Mais. Ela recebeu o valor por ter sido presa e torturada nas dependências da Polícia Especial do Exército, na Tijuca (zona norte).
Entre os indenizados também está Lucas Pamplona Amorim, 36, pela prisão e agressões sofridas pela mãe, Vitória Pamplona, durante a sua gravidez.
“Sempre ouvi as histórias da minha mãe e do meu pai. Eu tremia todo. Nasci com baixo peso, tive pneumonia com três meses de idade”, disse Lucas.
Fonte – Boa Informação