Para a ministra Maria do Rosário, “diante dos fatos ocorridos, consideramos inaceitável o ataque a uma entidade que realiza um trabalho fundamental na defesa dos direitos humanos (…) Mais grave se torna o fato diante da dedicação do Grupo Tortura Nunca Mais à democracia e à recuperação histórica dos fatos ocorridos no Brasil durante a ditadura militar (1964-1985), e no combate à tortura nos dias de hoje”.
De acordo com o Grupo Tortura Nunca Mais, a entidade recebeu, no dia 11 de julho, ameaças por telefonema anônimo. Ontem, dia 19 de julho, a sede do grupo foi invadida e foram furtados R$ 1,5 mil, além documentos de atendimento psicológico de vítimas de tortura policial e de defensores de direitos humanos. O grupo disse que arquivos da entidade também foram revirados e que o computador estava ligado.
O Grupo Tortura Nunca Mais foi fundado em 1985 por iniciativa de ex-presos políticos que viveram situações de tortura durante o regime militar e por parentes de mortos e desaparecidos políticos. Atualmente trabalha pela efetivação da Comissão Nacional da Verdade, pela abertura dos arquivos da ditadura militar, e pelo cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos no Caso Araguaia.
Fonte – Diário de Pernambuco