Pelo tombamento dos centros de tortura

As entidades e personalidades abaixo assinadas vêm a público defender a transformação em centros culturais e de preservação da memória dos principais locais usados no Rio para a tortura de presos políticos na ditadura militar: o DOI-Codi, no quartel da Polícia do Exército, na Tijuca; o Dops, à Rua da Relação; e a Casa da Morte, em Petrópolis.

Nesses lugares, milhares de opositores do regime militar foram torturados e, alguns deles, assassinados. Não deixar que as barbaridades lá cometidas caiam no esquecimento é um imperativo para que elas jamais se repitam.

A própria Lei 12.528/2011, que criou a Comissão Nacional da Verdade, prevê, em seu inciso III do artigo 3º, “identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionadas à prática de violações de direitos humanos”.

Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile já tomaram iniciativas semelhantes e os antigos locais de torturas hoje abrigam museus e centros de memória sobre os anos de chumbo.

Da mesma forma, em São Paulo o prédio em que funcionava o Deops dá lugar ao Memorial da Resistência desde janeiro de 2009.

É hora de o Rio de Janeiro tomar iniciativa semelhante.
Pelo tombamento do DOI-Codi, do Dops e de Casa da Morte.

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