Desaparecimentos serão apurados por José Carlos Dias e Cláudio Fonteles
Na tentativa de agilizar os trabalhos de investigação, a Comissão Nacional da Verdade criou (CNV) subcomissões temáticas dividas em três áreas: comunicação, relações com a sociedade, e a principal, chamada de “Pesquisa, geração e sistematização de informações”, que ainda se subdivide em outros sete grupos.— Fizemos uma divisão de trabalho que tem grupos temáticos cujo desenvolvimento dará lugar ao relatório final.
Cada membro tem responsabilidade por alguns grupos.
Eu vou apurar os antecedentes e o contexto do golpe e, em outro, a Operação Condor — disse Rosa Cardoso, membro da comissão.
Como mostrou O GLOBO, a Comissão tem sido alvo de cobranças de parentes de vítimas da ditadura, que cobram celeridade nas investigação.
As investigações sobre as circunstâncias de mortes e desaparecimentos serão comandadas pelo ex-ministro da Justiça José Carlos Dias e pelo ex-procuradorgeral da República Cláudio Fonteles.
Para apurar estruturas da repressão, patrocinadores e apoios estão encarregados Gilson Dipp e José Paulo Cavalcanti.
Mortes no campo e violações de direitos humanos, incluindo populações indígenas, serão apuradas por Maria Rita Kehl.
A Guerrilha do Araguaia é o único grupo com três membros na coordenação: Maria Rita Kehl, Fonteles e Dias.
Paulo Sérgio Pinheiro cuidará das violações de direitos de exilados e desaparecidos políticos fora do Brasil.
A comissão se reúne todas as segundas e terças-feiras em Brasília.
No resto da semana, os membros agem individualmente.
A comissão assinou convênio com a OAB-RJ para receber depoimentos envolvendo violações cometidas por membros do Ministério Público Militar e da Justiça Militar.
Fonte – O Globo