Uruguaios reivindicam busca por desaparecidos durante ditadura

A associação uruguaia Mães e Familiares de Presos Desaparecidos reivindicou sua luta em busca dos restos de seus seres queridos desaparecidos durante a política repressiva da ditadura (1973-1985), informou nesta sexta-feira (31) a imprensa.

O grupo destacou que é uma obrigação do Estado atender de forma integral às vítimas dessas medidas ilícitas, informou a versão digital do jornal La República.

Durante um ato realizado na Praça Liberdade de Montevidéu ou Cagancha, Oscar Urtazún leu uma proclamação que continha um recorrido por todos os fatos por trás do golpe de Estado no Uruguai e o plano repressivo levado a cabo pelo regime de fato.

Também incluiu uma análise da atual conjuntura em matéria de busca da verdade sobre os fatos do passado, e em tal sentido Urtazún expressou: “Estamos construindo memória”, informou a fonte.

A comunicação afirmou que “não se pode construir o futuro se se esquecer o passado” e criticou os que, a partir da esquerda, deixaram de lutar pela “memória”, agregou o site.

Urtazún descartou aceitar conciliação com as Forças Armadas e seus cúmplices “que mantêm sequestrados” seus familiares, e afirmou o Estado está “obrigado a resguardar a dignidade das vítimas”, ainda segundo La República.

Um total de 24 dos 167 uruguaios considerados presos desaparecidos nas mãos dos serviços repressivos das ditaduras no Cone Sul, foram encontrados após o retorno da democracia, acrescentou a publicação.

Desse grupo, 17 apareceram na Argentina, cinco no Uruguai, um na Bolívia e um no Chile.Os primeiros restos identificados neste país foram os do jovem militante do MLN-Tupamaros, Roberto Gomensoro Josman, em 2002.

Posteriormente escavações realizadas permitiram recuperar os restos de Ubagesner Chaves Sosa e Fernando Miranda (2005) militantes comunistas; do professor Julio Castro, integrante da Frente Ampla (2011) e do sindicalista Ricardo Blanco Valente (2012).

 

Fonte: Prensa Latina

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