Weibel, que também é presidente da União Sul-Americana de Correspondentes e representante da RSF no Chile, foi vítima de ameaças antes do roubo. “Não se trata de um roubo qualquer. Os ladrões tinham muito claro o que queriam subtrair: o computador do jornalista, onde estavam todas as informações de sua investigação”, diz a RSF. Um dia antes, o carro do jornalista também foi roubado e encontrado horas depois pela polícia na zona sul de Santiago.
“Quando executava sua pesquisa, para a qual consultou os arquivos da ditadura abertos recentemente, Mauricio reclamou de ameaças e riscos que corria, o que deveria ter alertado as autoridades”, diz a organização. “Deve ter, o jornalista e sua família, uma proteção contra os riscos que correm. Ainda estão em perigo jornalistas dos países que formaram parte do Operação Condor que investigam a fundo esse período”, completa a RSF.
Mauricio Weibel é filho de José Weibel, dirigente do Partido Comunista Chileno que foi preso e desapareceu em 1976. A partir da pesquisa dos arquivos da ditadura, Mauricio publicou o livro Asociación Ilícita: los archivos secretos de la dictadura (Associação ilícita: os arquivos secretos da ditadura).
Fonte – Terra