Ex-piloto nega participação nos ‘voos da morte’ da ditadura da Argentina

Julgamento investiga 30 casos de presos políticos jogados ao mar. Julio Poch foi extraditado da Espanha para responder pelos crimes.

O ex-piloto militar Julio Poch negou nesta segunda-feira (18) sua participação nos chamados “voos da morte” da ditadura argentina (1976-1983), durante seu depoimento no julgamento que investiga 30 casos de presos políticos jogados ao mar.

“Não tive nada a ver com os voos da morte e não confessei porque não tenho nada a confessar”, afirmou Poch ante o tribunal Oral Federal número 5 de Buenos Aires.

O ex-tenente, que foi detido e extraditado da Espanha, assegurou, além disso, que jamais esteve na Escola Mecânica da Armada (ESMA), um dos maiores centros clandestinos de prisão da ditadura e por onde passaram cerca de 5.000 prisioneiros.

A ditadura argentina deixou cerca de 30 mil desaparecidos, segundo entidades humanitárias.

 

Fonte – AFP

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