O ataque prosseguiu: “Essa gente nunca quis que houvesse eleições, só publicaram os protestos da Diretas Já quando já havia 300 mil nas ruas, só publicaram quando já estávamos na rua”, disse o ex-presidente. Segundo ele, o ideal é que se formasse um pensamento coletivo em relação à mídia, ao invés de cada um dizer o que pensa separadamente. Dessa forma, seria criada a mídia dos “do andar de baixo”.
“Por que a gente não começa a organizar a nossa mídia? Ao invés de cada um ficar falando o que pensa, por que não organizamos um pensamento coletivo? Nós podemos fazer isso”, defendeu, num discurso entrecortado por aplausos. Em mais uma provocação à imprensa, o petista disse ainda que muitas vezes são realizados protestos da sociedade ignorados pelo grandes jornais, mas que “quando é contra o governo, sai”.
Movimento sindicalista
O ex-presidente fez uma série de elogios à Central em termos de organização e representatividade no movimento trabalhista atual. Ele afirmou que a CUT é a entidade dos trabalhadores “mais importante da América Latina, não tem igual” e que “não deve historicamente para ninguém no mundo”.
Lula lembrou que a central sindical conseguiu um feito muito importante, que foi introduzir a conscientização política nos trabalhadores. “O que a CUT conquistou aqui é algo a ser comemorado e algo a ser lembrado por muitas gerações”, disse o petista. Sobre a situação econômica do País, Lula disse que o cenário irá melhorar, “apesar daqueles que torcem para que não”.
“Essa CUT não pode perder a sua radicalidade”, disse, ao plenário da central sindical. “Mas isso não significa que pode fazer bobagem. Uma ou outra bobagem pode fazer, mas não o tempo todo”, ironizou, arrancando aplausos dos ouvintes. Ele fechou o discurso expressando otimismo. “Eu quero dizer a vocês que eu estou feliz”.
Fonte – Brasil 247