CONVITE: Audiência Pública Ísis Dias de Oliveira e Paulo César Botelho Massa – 05/03, AMANHÃ, 10h30
A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” realizará amanhã, dia 05 de março de 2013, às 10h30, uma audiência pública para coleta de testemunhos dos casos de Ísis Dias de Oliveira e Paulo César Botelho Massa.O evento será realizado no Auditório Teotônio Vilela, no 1º andar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Participe!
Audiência Pública – Casos Ísis Dias de Oliveira e Paulo César Botelho Massa
Data: 05/03, terça-feira – 10h30
Local: Auditório Teotônio Vilela, 1º andar – Alesp
End.:Avenida Pedro Álvares de Cabral, 201 – Ibirapuera
Realização: Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”
PRÓXIMA AUDIÊNCIA
07/03, quinta-feira, 10h30 – Caso das mulheres paulistas desaparecidas no Araguaia: Helenira Rezende de Souza Nazareth, Luisa Augusta Garlippe, Maria Lúcia Petit da Silva e Suely Yumiko Kanayama – Auditório Teotônio Vilela (1º andar)
A Comissão da Verdade de SP dedicará o mês de março especialmente às mulheres.
Todas as Audiências serão realizadas na Assembleia Legislativa de São Paulo. Acompanhe as Audiências ao vivo, pela internet, acessando o link http://www.al.sp.gov.br/a-assembleia/tv-web e escolhendo no box o Auditório onde ela está sendo realizada.
Na última semana de fevereiro, Comissão da Verdade de SP ouve testemunhas de torturas e assassinatos
Era Semana Santa de 1971. Foi a Santos com um amigo. Em 10 de abril, desapareceu na praia de José Menino, dias antes de completar 22 anos. O caso de Abílio Clemente Filho, militante do movimento estudantil na Unesp de Rio Claro (SP), foi discutido na segunda-feira, 25, em Audiência Pública da Comissão Estadual da Verdade “Rubens Paiva”, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Por Tatiana Merlino
Leia a matéria na íntegra clicando aqui.
Comissão da Verdade de SP realiza audiência pública sobre nove casos de mortos e desaparecidos do PCB
A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” realizou, nesta quinta-feira 28/2, Audiência Pública para apresentar nove casos de militantes mortos e desaparecidos do Partido Comunista Brasileiro (PCB). São eles: Davi Capistrano, Elson Costa, Hiram de Lima Pereira, João Massena Melo, José Montenegro de Lima, José Roman, Luiz Ignácio Maranhão Filho, Nestor Vera e Walter de Souza Ribeiro.
Por Thaís Barreto
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Comissão da Verdade de SP realiza audiência pública sobre nove casos de mortos e desaparecidos do PCB
A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” realizou, nesta quinta-feira 28/2, Audiência Pública para apresentar nove casos de militantes mortos e desaparecidos do Partido Comunista Brasileiro (PCB). São eles: Davi Capistrano, Elson Costa, Hiram de Lima Pereira, João Massena Melo, José Montenegro de Lima, José Roman, Luiz Ignácio Maranhão Filho, Nestor Vera e Walter de Souza Ribeiro.
Foi feita a contextualização dos desaparecimentos, apontando as infiltrações no PCB, indicadas na matéria publicada no Jornal do Brasil em 3 de dezembro de 1972 e no livro A Ditadura derrotada de Elio Gaspari de 2003. Além disso, houve um resgate das denúncias feitas por diversos familiares e militantes, registradas no Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos.
A Comissão assumiu o papel de trazer para o debate público esses e outros casos que serão direcionados para registro da Comissão Nacional da Verdade, para auxílio no processo de investigações. Alguns familiares e militantes políticos compareceram à audiência para dar seu testemunho sobre as denúncias apresentadas ao longo desses anos.
“Nós, familiares, esperamos há décadas o momento que se possa trabalhar para o esclarecimento desses fatos”, afirmou José Miguel Wisnik, sobrinho de Elson Costa. Na tentativa de confundir os familiares, apareceu uma versão de que o próprio partido havia sequestrado o militante Elson Costa.
Versões mentirosas
Criar versões mentirosas era um costume, para não admitir as barbaridades cometidas com pessoas que eram contra o regime militar. “Para mim é significativo o depoimento do sargento Marival [Chaves]”, assinalou José Miguel, observando as denúncias feitas na época, mas que não foram admitidas oficialmente.
Somente em novembro de 1992, o ex-agende do DOI-Codi/SP concedeu uma entrevista à revista Veja, relatando detalhes da tortura sofrida por diversas vítimas da ditadura e até indicando o paradeiro de alguns. Sobre Elson Costa, ele afirmou que teria sido queimado com álcool, além de ter recebido uma injeção geralmente utilizada para matar cavalos.
O deputado Adriano Diogo, presidente da Comissão, ressaltou a importância da contestação da versão oficial, a busca por documentos e abertura para prova testemunhal. “O Estado brasileiro continua sonegando informações. Pretendemos fazer esse enfrentamento, não se pode fazer Comissão da Verdade no país da mentira”, afirmou.
Detalhes das buscas por informações
Maria Helena Soares, também sobrinha de Elson Costa, contou que na época sua mãe conseguiu publicar anúncios no jornal O Estado de S. Paulo divulgando o endereço e telefones para receber informações do irmão. A Comissão da Verdade procura pistas que possam revelar os detalhes sobre essas mortes e desaparecimentos.
A jornalista Cecília Capistrano, neta de Davi Capistrano, trouxe para audiência os detalhes da luta familiar para saber o paradeiro do seu avô. Davi esteve na Checoslováquia (atual República Checa) para representar o partido, retornou em 1974 e desapareceu no mês de março. “Minha avó sentia que algo ruim poderia acontecer, todo mundo pedia para ele não voltar, mas ele voltou de qualquer jeito”, relatou.
A família tomou conhecimento da entrevista do ex-médico e torturador Amilcar Lobo publicada em abril de 1987 na revista IstoÉ. Segundo ele, Davi Capistrano havia sido torturado e morto na Casa da Morte, centro de desaparecimentos, localizada em Petrópolis-RJ. “Esse sofrimento vai passando de geração em geração. Vivemos o luto por parte, a gente nunca tinha chorado a morte do meu avô”, desabafou Cecília.
Prioridades e resoluções
Desde o início das audiências públicas, familiares pedem que seja uma das prioridades a localização dos desaparecidos políticos. Outra medida a ser tomada é a mudança de atestados de óbitos. Na oportunidade, Maria Helena Soares, sobriha de Elson Costa, pediu que seja modificado a atestado de óbito do tio.
O deputado João Paulo Rillo afirmou que a Comissão acatará o pedido dos familiares na questão da revisão dos atestados de óbito. A assessora da Comissão, Maria Amélia de Almeida Teles, sugeriu também que fosse investigada a versão forjada sobre a morte de Elson Costa, devido à divulgação de um exame de corpo de delito, de uma pessoa com mesmo nome, para sustentar a versão de que os militantes o molestaram até a morte.
Para dar continuidade no processo de investigação, os membros da Comissão e os assessores irão preparar outra audiência para ouvir mais testemunhas. Foram indicados os seguintes nomes: Marco Antonio e Alice Duarte; Darci de Oliveira Pinto e Marco Antonio Pereira Coelho. Além disso, serão levantados outros nomes de agentes da repressão envolvidos nos desaparecimentos.
Thaís Barreto é jornalista, assessora na Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”