Ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, preside a comissão que avaliará possíveis abusos de militares durante o período da ditadura
Prédio da OAB no Rio de Janeiro foi esvaziado após explosão, na tarde desta quinta-feira
Depois de receber uma ameaça de morte e ver uma pequena bomba explodir no prédio da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, o presidente da Comissão da Verdade do Rio, Wadih Damous, disse que este tipo de intimidação não vai funcionar. Segundo ele, o papel da comissão é fundamental para a solidificação da democracia brasileira.
“Estou tranquilo. Se o objetivo era intimidar o trabalho da comissão, eles não conseguiram e nem vão conseguir. Nosso trabalho, assim como o das demais comissões estaduais e federal é fundamental e será feito quer queiram ou não”, disse Damou, que deixou a presidência da OAB-RJ e inicia os trabalhos da comissão na segunda-feira.
Prédio da OAB no Rio de Janeiro foi esvaziado após explosão, na tarde desta quinta-feira
Segundo a denúncia recebida pela OAB, militares da reserva seriam os responsáveis pela ameaça a Damous. A polícia ainda investigará o caso.
O atual presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, afirmou que a segurança do prédio onde o artefato foi explodido será reforçada. Nesta sexta-feira, o atendimento ao público será normal.
“Vamos colocar mais câmeras de segurança e mais homens. Mas também não podemos fazer muito mais que isso. A OAB atende à sociedade e não tem como colocar um crachá em todo mundo que entra no prédio”, disse.
A Polícia Federal deve entrar em contato com a Polícia Civil para assumir a investigação, já que a OAB é um órgão federal. Os agentes da civil foram os primeiros a ser chamados e os responsáveis pela perícia do prédio.
Fonte – Terra