Cartola se vê vítima de intriga às vésperas de torneios importantes no Brasil
O atraso na entrega do Maracanã por alguns minutos ficou em segundo plano na entrevista coletiva da Fifa, nesta quinta-feira (7), no Rio de Janeiro. Em determinado momento, o presidente da CBF, José Maria Marin, pediu a palavra e fez um discurso inflamado e revoltado contra aqueles que o relacionam aos tempos de ditadura no País.
José Maria Marin é o atual presidente da CBF e também do comitê organizados para a Copa do Mundo de 2014O cartola foi mencionado sobre a suspeita de ter participado da prisão do jornalista Vladimir Herzog, que morreu na prisão, na década de 1970. O filho de Vladimir, Ivo Herzog, iniciou na internet uma campanha pedindo a saída de Marin e colhe assinaturas.
Irritado com o tema abordado na coletiva da Fifa sobre os 100 dias que faltam para a Copa das Confederações, Marin prometeu ir à Justiça para provar que nada teve a ver com o fato e processar quem o acusa.
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— Minha resposta será dada na Justiça. Não arrumarei polêmica, nossa atenção é para o evento esportivo. Peço ao jornalista que me traga um documento qualquer que eu tenha feito referência à pessoa citada e a esse assunto. Existe um aparte de um discurso de 1975, mas que não há relação alguma com o jornalista citado [Valdimir Herzog].
Marin, bastante nervoso, declarou também que irá processar jornalistas que têm levantado o tema e se vê vítima de um complô às vésperas da Copa das Confederações e da Copa do Mundo no Brasil.
— Isso faz parte de uma mentira, mentira! Estranho que um discurso de 1975, que não tem nada a ver com o assunto mencionado, vem a ser levantado de forma injusta, sem nenhuma procedência, as vésperas de uma Copa das Confederações. Faz parte de uma intriga lançada por um colega de vocês e que irá responder devidamente na Justiça.
O presidente da CBF também prometeu ir à Justiça contra o deputado federal Romário. Via imprensa, o cartola e o jogador têm batido boca e, nesta última quarta-feira (6), Romário também fez menção a uma possível participação de Marin na época da ditadura no Brasil.