Militares criticam Comissão da Verdade

Na tentativa de responder às ações da Comissão da Verdade, que investiga crimes cometidos durante o regime militar, os presidentes dos Clubes Militares divulgaram um manifesto para ‘homenagear’ 49 anos do golpe militar de 31 de março de 1964, quando o presidente João Goulart foi deposto.

O manifesto ressalta que fala em nome de militares da ativa e da reserva, apesar de o pessoal da ativa ser proibido de fazer manifestações sobre questões políticas. Nos quartéis, não estão previstas comemorações. No início do seu governo, a presidente Dilma Rousseff disse que não queria ter notícia de festejos alusivos à data. Neste ano, não precisou nem de recomendação dos comandos militares.

Em nota oficial, os presidentes dos Clubes Militar, da Aeronáutica e Nava reclamaram que “ao arrepio do que consta na Lei que criou a chamada “Comissão da Verdade”, os titulares designados para compô-la, por meio de uma resolução administrativa interna, alteraram o seu texto, limitando sua investigação apenas a atos praticados por agentes do Estado, “varrendo para debaixo do tapete os crimes hediondos praticados pelos militantes da sua própria ideologia”.

Os militares se queixam que a Comissão da Verdade não está sendo isenta e não está se propondo a ouvir os dois lados. O brigadeiro Ivan Frota disse que apresentou ao coordenador da Comissão Claudio Fonteles o descontentamento de militares e civis com o fato de que “está sendo promovido um novo julgamento patrocinado pelo governo em que um dos lados não têm direito à defesa”.

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