Foi aprovado nesta quarta-feira um convite para que Marin seja ouvido ao lado o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Paulo Sérgio Pinheiro, e o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Wadih Nemer Damous Filho.
Como se trata de convite, Marin não é obrigado a comparecer. Autor do requerimento, o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), há suspeita de ligação do presidente da CBF com órgãos repressores da ditadura, responsáveis pela prisão, tortura e até morte de opositores ao regime militar.
“Ninguém aqui está fazendo prejulgamento. Porém, precisamos esclarecer esse caso que pode manchar a imagem do Brasil às vésperas da Copa do Mundo”, disse Rubens Bueno.
Em declaração à imprensa, Ivo Herzog, o filho do jornalista Vladimir Herzog, morto pela ditadura militar em 1975, tem afirmado à imprensa que Marin teria contribuído para a perseguição dos órgãos de repressão contra seu pai.
Ivo lidera, junto com o deputado Romário (PSB-RJ), que preside a Comissão de Turismo e Deporto da Câmara, campanha pública para a destituição do cartola do comando do futebol brasileiro e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014.
Marin escreveu um artigo publicado naFolha nesta quarta-feira e se defendeu. No texto, ele diz que é uma calúnia e difamação declararem que ele foi o responsável pela tortura e morte de Vladimir Herzog.
Fonte – Folha de S.Paulo