A Assembleia Legislativa de São Paulo, em pesquisa da Comissão da Verdade do Estado, descobriu dois discursos proferidos entre 1975 e 1976, pelo então deputado estadual pela Arena, José Maria Marin, hoje presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Os áudios acirram a polêmica sobre sua postura durante o regime militar, na época da tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog.
Áudios revelam discursos de Marin contra o jornalistaSegundo O Globo, em discurso do 9 de outubro de 1975, Marin cobrou a apuração de denúncias de que a TV Cultura sofria um processo de “comunização”. Segundo ele, a emissora vinha “pregando apenas fatos negativos, apresentando miséria, apresentando problemas sem apresentar inclusive soluções”. À época de sua fala, o canal estava sob a direção de Herzog, que foi torturado e morto 16 dias depois no prédio do DOI-Codi, em São Paulo.
No outro discurso, de 1976, Marin elogia a atuação do delegado Sergio Paranhos Fleury, que trabalhava no DOI-Codi à época da morte de Herzog. Segundo o presidente da CBF, nem sempre vinha sendo feita “a devida justiça a seu trabalho” e Fleury não recebeu “a devida compreensão”.
Fonte – Portal Imprensa