Com as presenças de Audálio Dantas e Agassiz Almeida foi instituída a CMV dos Jornalistas

A impunidade dos criminosos dos porões da Ditadura Militar afronta a Nação. Com o covarde assassinato de Vladimir Herzog a Ditadura Militar começou a se degradar.

Com o comparecimento de representantes das mais diversas entidades de classes e defensoras dos direitos humanos, entre as quais, CUT, MST, Comissão Pastoral da Terra, Grupo Tortura Nunca Mais, Federação Nacional dos Jornalistas do Brasil, Centro de Direitos Humanos Manoel Lisboa, Associação dos Anistiados Políticos, Centro de Direitos Humanos da UFPB e personalidades históricas que resistiram à Ditadura Militar como Agassiz Almeida, Audálio Dantas, Edival Cajá e Assis Lemos, foi instituída no dia 3 de maio do corrente, na sede do Sintel-Pb – João Pessoa, sob a coordenação do jornalista Rafael Freire, presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba, a Comissão da Memória, Verdade e Justiça dos Jornalistas, composta dos seguintes membros: João Manoel de Carvalho, Tâmara Duarte, Eduardo Fernandes e Anelsina Figueiredo.

Como parte do evento, foi lançado o livro do jornalista Audálio Dantas, “As duas guerras de Vlado Herzog”.

À frente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, outubro de 1975, período em que o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado nos porões do II exército, em São Paulo, Audálio Dantas iria atuar com alto descortino e coragem no enfrentamento aos criminosos da Ditadura Militar.

Abrindo os debates, o escritor paulista acentuou a importância de se promover o resgate da verdadeira história para que no futuro os criminosos de lesa-humanidade sejam execrados.

Com a palavra o sociólogo Edival Cajá destacou que o maior prêmio aos torturadores é a indiferença da sociedade com o seu passado histórico.

Por fim, num rápido e contundente pronunciamento Agassiz Almeida salientou: Se o cinismo de uma certa elite pactuou com a corporação militar e gestou de um Congresso castrado uma anistia de fancaria, cabe à consciência livre da nação repudiar este conchavo e apontar que o destino dos torturadores e genocidas da Ditadura Militar é a lata de lixo da história. Como, ressaltou Almeida, compatibilizar pela anistia a perda infinita dos mortos desaparecidos e os criminosos de lesa-humanidade?

Silenciar ante crimes monstruosos é renegar a nossa história.

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