Dalmao foi condenado por “homicídio especialmente agravado”, segundo a sentença obtida pelo jornal El País de Montevidéu.
O general era julgado pela morte da militante comunista Nibia Sabalsagaray, detida no dia 29 de junho de 1974 por agentes militares e levada ao Batalhão de Transmissões Nº 1, onde o cadete Dalmao era o encarregado da chamada “luta anti-subversiva”.
Segundo a versão oficial da ditadura, Sabalsagaray se enforcou na cela, onde foi encontrada sem vida, mas a promotoria afirmou que a mulher morreu durante um interrogatório, sob tortura.
Ao ser detido em 2010, Dalmao era chefe da IV Divisão do Exército, após se tornar o primeiro militar promovido a general durante o governo do socialista Tabaré Vázquez (2005-2010).
O advogado Miguel Langón disse que a sentença é uma “barbaridade”, já que “não há qualquer elemento que tenha descartado o suicídio”.
Segundo Langón, encarregado da defesa do general e que recorrerá da sentença, “há um enorme possibilidade de se estar condenando um inocente”.
Fonte – AFP