Os dois seguiram o exemplo do coronel da reserva Carlos Alberto Ustra e, como ele, obtiveram um habeas corpus que lhes garantiu o direito de ficar em silêncio
Outros dois militares recorreram à Justiça Federal após terem sido convocados pela Comissão Nacional da Verdade para prestar depoimentos sobre violações de direitos humanos no período da ditadura. Os dois seguiram o exemplo do coronel da reserva Carlos Alberto Ustra e, como ele, obtiveram um habeas corpus que lhes garantiu o direito de ficar em silêncio durante o depoimento.No início do mês, ao ser convocado, Ustra, que comandou o DOI-Codi de São Paulo no início da década de 1970 e é acusado de ter torturado presos políticos, foi à Justiça. Seu advogado, Octávio Augusto de Freitas Costa, ingressou com o pedido na 12ª Vara Federal do Distrito Federal,
Por meio de decisão liminar, a juíza Pollyanna Kelly Maciel Alves disse que ele não poderia se furtar à convocação, mas tinha o direito de ficar em silêncio. Os outros dois militares – o general Valmir Fonseca Azevedo e o coronel Carlos Sérgio Maia Mondaine, ambos também na reserva – contrataram o mesmo advogado e seguiram a mesma trilha.