Para mim, é juridicamente questionável, já que foi aprovada durante a ditadura, por um Congresso com a oposição engessada, opositores no exílio, imprensa empastelada e sob censura, regime de exceção e anos de estado de direitos cassados, tortura e terror.
Com a criação em 1º de fevereiro de 1978 do Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA), no Rio de Janeiro, e a proliferação de comitês como esse em várias cidades do Brasil, ainda no mesmo ano, o Movimento por uma “Anistia Ampla, Geral e Irrestrita” tornou-se nacional. Os CBAs reuniam intelectuais, artistas, jornalistas, políticos progressistas, religiosos de vários credos, sindicalistas, estudantes e familiares dos atingidos políticos.
As manifestações de ruas PELA ANISTIA AMPLA GERAL E IRRESTRITA eram reprimidas por Tropas de Choque.
Apanhei muito fugindo de PMs comandados pelo ex-coronel Erasmo Dias.
Hoje, nos perguntamos se é justa e se deveria ou não ter absolvido torturadores.
O Sedes Sapientiae debate Lei da Anistia no 34º aniversário de sua aprovação amanhã, no dia 28/8 (4ª feira).
É a conversa pública LEI DE ANISTIA 1979: UMA LUTA QUE CONTINUA.
Serão debatidos os tópicos:
a) A luta dos movimentos democráticos.
b) O papel dos movimentos sociais.
c) O papel do Sedes no movimento pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita.
d) O “paradoxo da vitória para todos” e suas repercussões na política de abertura democrática.
e) Considerações sobre a Lei de Anistia na atualidade.
Na ocasião, será apresentado do projeto Clínicas do Testemunho da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e exibido o filme “Anistia”, da Comissão de Anistia.
CONVIDADOS:
– Pompéia Maria Bernasconi, Associação Instrutora da Juventude Feminina, membro da diretoria do Instituto Sedes Sapietiae
– Paulo Abrão, Presidente da Comissão de Anistia, Ministério da Justiça
– Adriano Diogo, Presidente da Comissão da Verdade de São Paulo “Rubens Paiva”
– Marlon Weichert, Procurador da República. Conselheiro da Comissão de Anistia.
– Celeste Fon, participante do Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA) na campanha da Anistia Ampla, Geral e Irrestrita.
– Maria Auxiliadora Arantes, participante do Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA), membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, membro do Departamento de Psicanálise do Sedes.
– Yanina Stasevskas, psicóloga, psicanalista, diretora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Butantã.
– Maria Cristina Ocariz, psicóloga, psicanalista, coordenadora da Clínica do Testemunho Instituto Sedes Sapientiae, membro do Departamento de Psicanálise.
LEI DE ANISTIA 1979: UMA LUTA QUE CONTINUA
28 de agosto de 2013
20h às 23h, auditório do SEDES SAPIENTIAE
Rua Ministro Godói, 1.484, tel: (11) 3866-2730
Por Marcelo Rubens Paiva – Estadão