Golpe militar tomou o poder no Chile em 11 de setembro de 1973. Embaixador chileno disse que episódio não deve ocorrer ‘nunca mais’.
Senado realiza sessão especial para homenagear vítimas da ditadura chilena(Foto: Luciana Amaral/G1)
O Senado promoveu na manhã desta segunda-feira (9) uma homenagem às vítimas da ditadura militar do Chile. Na quarta-feira, 11 de setembro, o golpe militar comandado pelo general Augusto Pinchet completa 40 anos.
Durante a sessão especial, o senador João Capiberibe (PSB-AP), disse que o objetivo da homenagem é que as novas gerações, especialmente as que nasceram já no regime democrático, conheçam a história da América Latina. Capiberibe viveu exilado no Chile durante a ditadura militar daquele país.
“Nós vivemos hoje num Brasil democrático e num Chile democrático. A democracia só nos fez bem. É um bem absoluto que temos de preservar e, para preservar, é preciso recuperar nossa memória. Não é possível definir o futuro sem um conhecimento profundo do passado”.
O embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schimdt, presente à solenidade, disse que até hoje nem todos os chilenos enxergam o golpe da mesma forma, mas estão de acordo para que episódios como esse não voltem a ocorrer.
“São sentimentos divididos, mas o país está consciente, todo mundo está de acordo que nunca mais deve acontecer o que aconteceu 40 anos atrás”, afirmou o embaixador.
O golpe militar
Em 11 de setembro de 1973, o então general e chefe das Forças Armadas, Augusto Pinochet, comandou um golpe militar para derrubar o então presidente Salvador Allende, que representava uma coalizao de esquerda. Pinochet governou o Chile de 1973 até a realização de um plebiscito popular em 1988, que o impediu de continuar no poder e abriu caminho para a democracia no país.
Estima-se que mais de 3,2 mil pessoas morreram em oposição ao regime e que cerca de 38 mil tenham sido vítimas de tortura. Allende teria cometido suicídio durante a ofenisva do exército que tomou do Palácio de La Moneda, sede do governo, em Santiago.
Pinochet morreu aos 91 anos, no dia 3 de dezembro de 2006, de complicações decorrentes de um infarto, no Hospital Militar de Santiago. Ele não chegou a ser condenado nos processos que corriam contra ele na justiça chilena.
Fonte – G1