CNV realiza reunião com Comissões da Verdade Universitárias

A Comissão Nacional da Verdade realizou na última sexta-feira (25/04) reunião com Comissões da Verdade Universitárias, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a fim de discutir diretrizes para a redação do relatório final da CNV e a agenda das próximas a atividades.

 

Reunião da CNV com Comissões da Verdade Universitárias. Foto: Paula Macedo / ASCOM-CNV

A reunião teve a participação de assessores da CNV e de representantes de dez Comissões da Verdade Universitárias: Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade de Brasília (UnB), Universidade de Campinas (Unicamp), Universidades do Estado do Ceará, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

As contribuições das comissões universitárias comporão o capítulo sobre graves violações no ambiente universitário e as recomendações do relatório final da CNV. Nesse sentido, as comissões destacaram a importância de se ter uma atividade permanente de resgate da memória histórica, seja por meio de um órgão de Estado como também pelo financiamento de linhas pesquisa sobre memória, verdade e justiça.

A Comissão Nacional da Verdade tem feito visitas a universidades com o objetivo de realizar parcerias e acompanhar o andamento dos trabalhos. Até agora, foram visitadas a UnB, USP e UFES. Para o mês de maio, estão previstas mais visitas a Universidades.

Ainda no próximo mês, está prevista também a realização de uma audiência pública sobre ditadura e educação. A próxima reunião nacional das Comissões da Verdade Universitárias deve acontecer no dia 6 de junho, no Rio de Janeiro.

As comissões das universidades, entre outras atividades, têm trabalhado em diversas ações de memória e verdade, tais como:
– Identificação das vítimas da repressão em cada instituição de ensino superior (IES) a que estão vinculadas;
– Iniciativas para demarcar e preservar locais de memória nos campi;
– Identificação de locais e estruturas de informação nas universidades, como, por exemplo, as Assessorias Especiais de Segurança Institucional (Aesi ou ASI), que eram braços do Serviço Nacional de Informações;
– Estudo de mecanismos de repressão no meio acadêmico, como o decreto-lei 477, que resultou na demissão de professores e expulsou alunos opositores do regime;
– Ações de incentivo à pesquisa sobre o período da ditadura;
– Reparação acadêmica, com medidas como a restituição de cargos de professor e a rematrícula de alunos expulsos.

 

 

Fonte – Comissão Nacional da Verdade/Assessoria de Comunicação

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