Paulo Malhães morreu durante assalto a seu sítio em Nova Iguaçu
Circunstância da morte de Paulo Malhães é investigada/Reprodução Rede Record
Policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense recuperaram neste fim de semana grande parte das armas roubadas da casa do coronel reformado Paulo Malhães em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Duas pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma.
As apreensões e prisões se deram durante investigações para apurar as circunstâncias da morte. Malhães, que recentemente havia admitido à Comissão da Verdade envolvimento em mortes e torturas no período da ditadura militar, morreu durante o assalto à sua residência.
Com base em análises do setor de inteligência policial, os agentes fizeram diligências em vários pontos e conseguiram localizar uma residência, onde o armamento estava escondido. A identidade dos suspeitos será mantida sob sigilo para não atrapalhar as investigações.
O sítio onde Malhães morava foi invadido por três homens na tarde de 24 de abril. Os bandidos fizeram ele, a mulher Cristina Batista Malhães e o caseiro Rogério reféns por nove horas. Segundo a mulher do militar, eles perguntaram onde estavam as armas que Malhães colecionava. Os criminosos levaram dois computadores, três armas, um aparelho de som, joias e cerca de R$ 700.
Malhães foi mantido em seu próprio quarto, onde foi encontrado morto supostamente por asfixia. O corpo estava de bruços, com o rosto contra um travesseiro e apresentava sinais de cianose, que são características de sufocamento. Já um laudo prévio do sepultamento do coronel da reserva aponta que ele não morreu por asfixia. De acordo com o documento divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo, a causa mortis de Malhães foi edema pulmonar, isquemia do miocárdio, miocardiopatia hipertrófica e evolução de estado mórbido.
O caseiro da propriedade Rogério Pires que, segundo a Polícia Civil, havia admitido participação no assalto voltou atrás e negou envolvimento no crime. Ele foi ouvido na terça passada (6) por integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado e da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro.
Apesar de Pires negar envolvimento no crime, a Polícia Civil sustenta que a participação do caseiro é certa. Outras três pessoas suspeitas do crime estão foragidas, entre elas, dois irmãos do caseiro.
Fonte – R7