Por morte de JK, Comissão da Verdade de SP vai à Justiça

Mandado tenta impedir que Comissão Nacional utilize em conclusão final o relatório preliminar que afirma que ex-presidente morreu em um acidente automobilístico

A Comissão da Verdade da cidade de São Paulo entrou nesta quarta-feira (25) na Justiça Federal de Brasília com um mandado de segurança para tentar impedir que a Comissão Nacional da Verdade utilize em suas conclusões finais um relatório preliminar no qual afirma que o ex-presidente Juscelino Kubitschek morreu vítima de um acidente automobilístico.

Os integrantes do grupo paulistano estão contrariados com a comissão nacional, que descartou num relatório recente a tese de que JK morreu vítima de um atentado arquitetado pela ditadura militar (1964-85).

O mandado de segurança, protocolado no Distrito Federal, pede que a Comissão Nacional da Verdade não elabore seu relatório final (previsto para ser entregue no final deste ano) sem levar em consideração as “evidências” reunidas e “testemunhas” ouvidas pelo grupo da Câmara Municipal de São Paulo.

Em abril, o vereador Gilberto Natalini (PV), presidente do grupo, criticou as conclusões do relatório da comissão nacional, que rebateu os principais pontos do trabalho feito pela Câmara Municipal de São Paulo.

“Não há nos documentos, laudos e fotografias trazidos para a presente análise qualquer elemento material que, sequer, sugira que o ex-presidente e Geraldo Ribeiro tenham sido assassinado vítimas de homicídio doloso”, afirma trecho do relatório divulgado à época.

Baseado em 103 aspectos levantados pela Comissão da Verdade de São Paulo, Gilberto Natalini sustenta que o Juscelino foi vítima de “conspiração, complô e atentado político”. Segundo essa comissão, o motorista de o ex-presidente levou um tiro na cabeça antes de perder o controle do carro e se chocar com a carreta.

Presidente da República de 1956 a 61, JK e seu motorista, Geraldo Ribeiro, morreram em um acidente de carro quando viajavam de São Paulo para o Rio, em 1976. Segundo a versão oficial, o veículo colidiu com uma carreta após ser atingido por um ônibus em alta velocidade.

Desde a morte do ex-presidente surgiram várias polêmicas sobre o episódio –cassado em 1964, logo depois do golpe, Juscelino era opositor do regime militar.

 

 

Fonte – Folhapress/O Tempo

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