Abaixo-assinado pede que governo corrija ‘erros’ sobre JK

Projeto JK discorda de história contada sobre ex-presidente.
Comissão Nacional da Verdade concluiu que não houve assassinato.

O cantor Dinho Ouro Preto em depoimento de apoio a abaixo-assinado sobre JK (Foto: Reprodução / Youtube)

Uma iniciativa chamada Projeto JK diz ter coletado cerca de 40 mil assinaturas para um documento a ser entregue à presidente Dilma Rousseff a fim de que sejam resgatadas a “verdade” e a “honra” do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek.

O grupo reivindica uma cerimônia de revogação da cassação de JK e de devolução simbólica do mandato de senador da República. O pedido também contempla o sepultamento oficial do ex-presidente, “com todas as honras públicas concedidas a um chefe de Estado”.

Nesta sexta (11), os organizadores publicaram um vídeo na internet com depoimentos de artistas em apoio à iniciativa. Entre os artistas, estão Dinho Ouro Preto, Gusttavo Lima, Luan Santana, Fernando e Sorocaba e Chitãozinho e Xororó.

 

 

 

A coleta de assinaturas começou há três meses, na época em que a Comissão Nacional da Verdade concluiu que o governo militar (1964-1985) não teve participação na morte de Juscelino.

Sessão da Comissão Nacional da Verdade sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubtscheck (Foto: Juliana Braga / G1)

De acordo com uma das organizadoras, a advogada Lea Vidigal, cerca de 350 pessoas se juntaram para pedir ao Estado brasileiro que reconheça “erros” cometidos em relação a JK.

De acordo com o texto da petição, Juscelino foi “injustamente acusado, perseguido, humilhado, encarcerado e assassinado” no período da ditadura militar.

Lea Vidigal afirmou que resolveu participar da iniciativa por acreditar que no final da década de 50 o país “cresceu muito mais do que está crescendo hoje em dia”.

“A ideia é mostrar para o cidadão que um projeto como o Plano de Metas deve ser colocado de novo na pauta do Brasil. Comecei a me envolver com a vida do Juscelino e comecei a ver que aquele momento foi muito rico para o país. O Brasil estava indo para um lugar melhor, tinha sentido, tinha valor”, afirmou a advogada.

A organização que afirma não ter vinculação partidária, tem o objetivo de “fazer os brasileiros olharem para a história, já que o brasileiro tem memória curta”.

“A história acabou criando muitas mentiras a respeito de JK. Na época da ditadura, a oposição já tinha muitas críticas infundadas. Juscelino foi acusado de ser corrupto e bandido. Existem registros que ele foi cassado, investigado e interrogado. Vários inquéritos policiais alegam que ele era comunista e subversivo”, completa Lea Vidigal.

Segundo a advogada, ainda não há previsão de entrega das assinaturas para a presidente Dilma.

 

Assinaturas virtuais

O abaixo-assinado virtual está na plataforma de petições da organização não-governamental change.org. Qualquer pessoa pode organizar um abaixo-assinado, segundo a diretoria de campanhas da ONG. As petições não têm metas de assinaturas, e o objetivo é conseguir o resultado a que elas se propõem.

 

 

Fonte – G1

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