Evento com Saulo Gomes discute a ditadura militar

MESA-REDONDA reuniu Maria Aparecida dos Santos, Áurea Moretti e Saulo Gomes, que autografou o livro ‘‘A coragem da inocência’’

O jornalista e escritor Saulo Gomes participou nessa quinta-feira, 12 de março, de uma mesa-redonda sobre os “anos de chumbo” no Brasil. O evento “Golpe de 1964: tortura no Brasil e em Ribeirão Preto” integra a programação do “Memórias de luta e lugares de resistência”, um encontro que conta ainda com exposições, palestras, saraus e esquetes teatrais.

 

A promoção é do Sistema Estadual de Museus (Sisem-SP), Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura (Poiesis), Casa Guilherme de Almeida e Memorial da Resistência de São Paulo, ligados à Secretaria de Estado da Cultura.

Ele divide a autoria com o frei dominicano Manoel Borges da Silveira, irmão da madre, e com o também jornalista Moacyr Castro”

O evento foi realizado no Centro Cultural Palace. A mesa-redonda contou ainda com a participação de Maria Aparecida dos Santos e Áurea Moretti, com mediação do jornalista José Mário de Sousa. Mário Lorenzato não pôde comparecer porque passou por cirurgia. Saulo Gomes, autor do livro que resultou no filme sobre

 

Foto: ELZA ROSSATO

SAULO GOMES autografa no Palace o livro ‘‘A coragem da inocência’’, que conta a história de madre Maurina Borges

 

 

DIVULGAÇÃO

Chico Xavier, também distribuiu autógrafos por causa de sua obra mais recente, “A coragem da inocência”, que conta a história da madre Maurina Borges da Silveira, presa em Ribeirão Preto quando dirigia o Lar Santana, na Vila Tibério, e torturada pela ditadura militar.

Ele divide a autoria com o frei dominicano Manoel Borges da Silveira, irmão da madre, e com o também jornalista Moacyr Castro. Traz relatos sobre a prisão, tortura, assédio sexual e exílio da religiosa, que foi acusada de abrigar no Lar Santana comunistas que se opunham ao regime militar. A obra foi lançada em dezembro. A prisão da madre aconteceu em 1969, quando o regime militar descobriu que ela cedia uma sala, no porão do Lar Santana, a estudantes ligados às Forças Armadas de Libertação Nacional (Faln). Lá eles produziam, em mimeógrafo, jornais e panfletos contra o regime. Mário Lorenzato, um dos que participaram do grupo, diz que a sugestão de pedir o espaço surgiu de um padre responsável pela igreja Coração de Maria, no mesmo bairro. Patrocinado pela Associação Brasileira de Anistiados Políticos (Abap), presidida por Saulo Gomes, o livro tem vários depoimentos de ex-presos políticos, incluindo o da presidente Dilma Rousseff, com declarações do período em que ficou presa. O livro tem distribuição gratuita em escolas, setores públicos, veículos de comunicação, Comissões da Verdade de todo o País, Assembleias Legislativas, Congresso Nacional etc. Três mil exemplares foram enviados para Brasília e entregues à presidente da República.

 

Fonte – Tribuna Ribeirão Preto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *