As violações de direitos humanos cometidos pela ditadura militar deixaram pelo menos 200 camponeses mortos ou desaparecidos no Estado do Rio de Janeiro. A estimativa é da Comissão da Verdade do Rio (CEV-Rio), que ouviu nesta terça-feira (19) o depoimento de pessoas que sofreram perseguição e repressão no campo. Nadine Borges, que faz parte da CEV-Rio, criticou o relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), finalizado em dezembro. Segundo ela, o documento não foi profundo na abordagem das violações na área rural.
“No Rio de Janeiro, que não é um estado reconhecido por violações na área agrária, a CNV avaliou algumas situações em Cachoeiras de Macacu. Mas, com essa pesquisa, a gente já identificou várias outras cidades, na região do sul fluminense, Angra dos Reis, Paraty, Magé e Baixada Fluminense. A repressão no campo, principalmente em 1964, no início da ditadura, foi muito forte. Centenas de famílias foram despejadas, removidas das suas terras”.
Fonte – Uol