Estado digitaliza e divulga identidades de quem foi torturado, preso ou perseguido durante a ditadura militar no Rio Grande do Sul. Alguns receberam indenização, outros não tiveram nenhum reparo do Piratini
Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS
Quem pediu indenização por ter sido torturado durante o regime militar que vigorou no Brasil de 1964 a 1985? Quantos? Quanto tempo cada um deles ficou preso? Que sequelas restam daquela guerra sem lei? Tudo isso e mais um pouco pode ser conferido, agora, mediante um clique na internet. Basta acessar o catálogo virtual Resistência em Arquivo: Memórias e Histórias da Ditadura no Brasil, um tesouro em informações disponibilizado pelo Arquivo Público do Rio Grande do Sul neste ano.
Depois de uma análise de todos os 1.704 processos, pôde-se constatar que, desses pedidos, 1.169 foram aceitos e 535 foram indeferidos (31%). Ou seja, quase um em cada três pedidos de indenização foi recusado. Isso evidencia que é um mito a versão, muito divulgada, de que basta alegar perseguição pela ditadura para receber alguma compensação financeira.
Fonte – Zero Hora