O Museu Cidade de Salto “Ettore Liberalesso” promoverá entre os dias 15, 17, 18, 19, 20 e 21 de agosto, na Sala Giuseppe Verdi, a “Semana Jamais Esqueceremos – Reflexões sobre o golpe civil-militar de 1964”.
A Semana será composta por diversas atividades, como oficinas, palestras, exibição de documentários e debates com museólogos e historiadores.
Confira a programação:
Dia 15, das 10h às 12h – Oficina de Memória II – Experiências sobre o período ditatorial na região de Salto.
A atividade pretende reunir pesquisadores e representantes de instituições de cidades da região para discutir sobre as experiências do período ditatorial e dos lugares de memória, com o objetivo de ampliar o tema para outros grupos;
Dia 17, às 19h – Exibição do documentário “Cidadão Boilesen” (93 minutos de duração).
Através de diversos depoimentos, o documentário revela as ligações de Henning Albert Boilesen (1916-1971), presidente do famoso grupo Ultra, da Ultragaz, com a ditadura militar. Seu apoio, assim como de muitos outros empresários, financeiro ao movimento de repressão violenta e também a sua participação na criação da temível Oban – Operação Bandeirante, espécie de pedra fundamental do Doi-Codi. Após a exibição do filme, haverá um bate papo sobre a obra.
Dia 18, às 19h – Palestra com Daniel Lopes. Tema: “A estruturação e o trabalho da Comissão da Verdade de Sorocaba”.
Daniel Lopes foi um dos articuladores na criação da Comissão Municipal da Verdade de Sorocaba, instituída pela Câmara Municipal com apoio unânime de todos os vereadores. Foi estudante de direito e presidente do Centro Acadêmico Rubino de Oliveira, na Faculdade de Direito de Sorocaba. Foi integrante da Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, onde pode se aprofundar na temática dos Direitos Humanos. Ao retornar para Sorocaba, recomeçou os estudos e optou pela Filosofia, na Universidade de Sorocaba, iniciando em seguida estudos em psicanálise. Hoje atua como professor e psicanalista.
Dia 19, às 19h – Debate com João Roberto Laque sobre “A luta armada urbana e a trajetória de Pedro Lobo de Oliveira”.
João Roberto Laque é formado em jornalismo pela Universidade de São Paulo, onde também cursou História. Professor nos anos 80, foi também redator do jornal Folha de São Paulo e editor de textos da Revista Nova Escola, publicada pela Fundação Victor Civita. Depois de se dedicar a vida de empresário, João Roberto decidiu enveredar pelos caminhos da literatura escrevendo o romance – ainda inédito – “Os Bêbados da Praça da Matriz”. Também é autor da obra “Pedro e os Lobos”, onde usa a trajetória do ex – combatente da Vanguarda Popular Revolucionária, Pedro Lobo de Oliveira para compor um relato fundamental sobre a ascensão e queda dos movimentos guerrilheiros que atuaram no Brasil durante os anos de Chumbo.
Dia 20, às 19h30 – Palestra com Kátia Felipini Neves sobre “A formação e a atuação do Memorial da Resistência de São Paulo”.
Kátia possui graduação em Museologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia (1993) e especialização em Museologia pelo Curso de Especialização em Museologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (2002); mestre em Museologia pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (2009-2012), Lisboa, Portugal. É coordenadora do Memorial da Resistência de São Paulo, onde atua desde agosto de 2008. Atua principalmente nas seguintes áreas: gestão de museus, diagnóstico para implantação e revitalização de instituições museológicas, programação museológica, gerenciamento de acervos e exposições.
Dia 21, às 19h – Debate com a profa. Dra. Maria Aparecida sobre “A censura durante o regime ditatorial brasileiro”.
Maria Aparecida possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1974), graduação em Educação Artística – Faculdades Integradas Alcântara Machado (1975), mestrado em História Social pela FFLCH/USP (1990) e doutorado em História Social pela FFLCH/USP (1994). Atualmente é professora titular aposentada da Universidade de São Paulo e colaboradora do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade de São Paulo. Foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. É também docente do curso de História das Faculdades Integradas de Guarulhos (FIG) e do Curso de Relações Internacionais da Universidade de Sorocaba (UNISO). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Contemporânea, História do Brasil República, atuando principalmente nos seguintes temas: Imprensa brasileira, regime militar, censura, crise política no Brasil, política na América Latina.
Fonte – Primeira Feira