Ex-delegado Horacio Luján alegou problemas de saúde e teve benefício.
Ele, acusado de roubo e supressão da identidade, estava preso desde 2006.
A sentença da Câmara Federal de Cassação beneficiou o ex-delegado Horacio Elizardo Luján, de 80 anos, ao acatar os argumentos da defesa sobre a saúde de seu cliente.
Luján foi preso em outubro de 2006, acusado do desaparecimento de 30 pessoas, entre elas Clara Anahí Mariani, neta de María Isabel “Chicha” Mariani, um caso emblemático dos netos roubados durante o regime.
María Isabel é uma das fundadoras da organização Avós da Praça de Maio.
Elizardo Luján integrou o comando que, em 24 de novembro de 1976, invadiu a casa onde foi assassinada a filha de María Isabel, Diana Teruggi, assim como outras quatro pessoas.
Luján foi chefe da Polícia de Buenos Aires em La Plata (60 km ao sul de Buenos Aires) e responsável pela 5ª delegacia, onde funcionou uma prisão clandestina durante o regime militar.
Segundo os relatórios médicos citados na sentença, o ex-delegado apresenta danos neurológicos e sequelas de um infarto agudo do miocárdio.
Os três juízes que compõem a Câmara consideraram que a permanência do acusado na prisão poderia “agravar o risco a respeito da saúde do réu, com risco de vida, de não receber controle periódico clínico, neurológico e cardiológico”.
Fonte – G1