“Ainda Estou Aqui”: O Primeiro Oscar do Brasil e a Memória que Não Pode Ser Esquecida

Publicado em 03/03/25

A Associação Brasileira de Anistiados Políticos (ABAP) celebra com imensa alegria e orgulho a histórica conquista do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, que recebeu o Oscar de Melhor Filme Internacional na 97ª edição da premiação. Este marco representa a primeira vez que uma produção brasileira é laureada com esta honraria, destacando a relevância do cinema nacional no cenário mundial.

O filme retrata a trajetória de Eunice Paiva, advogada e ativista que enfrentou a dor do desaparecimento de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar brasileira. Sua luta incansável por justiça e verdade simboliza a resistência e a busca pelos direitos humanos em um período sombrio de nossa história.

A vitória de “Ainda Estou Aqui” não é apenas um reconhecimento artístico, mas também um convite à reflexão sobre as feridas ainda abertas de nosso passado recente. Ao trazer à tona histórias de coragem e resiliência, o filme contribui para que as novas gerações compreendam a importância da democracia, da liberdade e da justiça.

Para a ABAP, que há décadas luta pela anistia e pelos direitos dos perseguidos políticos, este reconhecimento internacional reforça a necessidade de manter viva a memória daqueles que sofreram em prol de um país mais justo. Que “Ainda Estou Aqui” inspire a continuidade de nossa missão de promover a verdade, a memória e a reparação, garantindo que episódios como os retratados no filme jamais sejam esquecidos ou repetidos.

Parabenizamos toda a equipe envolvida na produção e agradecemos por dar voz e visibilidade a uma história que é de todos nós, brasileiros. Que este seja apenas o começo de uma nova era para o cinema nacional e para a valorização de nossa história.

ABAP – Associação Brasileira de Anistiados Políticos