O major foi um dos articuladores da Operação Marajoara, a terceira expedição enviada pelo Exército à região para eliminar o incipiente foco de guerrilha. As duas anteriores haviam fracassado. Ao final de sua ação, 67 pessoas haviam morrido. Entre elas 42 guerrilheiros, executados sumariamente, depois de terem sido presos, quando já estavam fora de combate.
Curió abriu seus arquivos após um longo trabalho de aproximação do repórter. Foram quase dois anos. Segundo o militar, seu objetivo foi educativo. ”Não me julgo dono da verdade. Sei muita coisa porque vivi”, disse. “É preciso contar a história com imparcialidade para que os mais jovens possam avaliar a atuação das Forças Armadas no Araguaia.”
Uma parte das revelações já foram publicadas em 2009 pelo Estado, numa série de reportagens. A maior parte do texto do livro, porém, é formada por material inédito, segundo o repórter. Além da guerrilha, ele trata do envolvimento de Curió com os garimpeiros da região de Serra Pelada, a partir dos anos 80.
O livro, editado pela Companhia das Letras, já pode ser adquirido em edição digital pelo site da Livraria Cultura. O lançamento oficial em São Paulo, com a presença do autor, será no dia 13 de julho, durante um congresso de jornalistas.
Fonte – O Estado de S.Paulo