Em 28/08/18, a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados – CDHM, presidida pelo Deputado Luiz Couto – PT/PB, presta homenagem aos 39 anos da Lei da Anistia 6883/79.
Essa homenagem faz parte dos trabalhos da Subcomissão Especial Minoria, Verdade e Justiça, presidida pela Deputada Luiza Erundina – PSOL/SP.
ABAP – Associação Brasileira de Anistiados Políticos
O BRASIL AINDA DEVE JUSTIÇA ÀS VÍTIMAS DA DITADURA
Entre 1964 e 1985, uma série de graves crimes contra a humanidade foram perpetrados por agentes do Estado brasileiro. Vivíamos em um contexto de prisões arbitrárias, sequestros, torturas, assassinatos, desaparecimentos forçados e terror na sociedade.
Esses agentes públicos, no entanto, nunca foram julgados. O tema ainda é, tanto tempo depois, uma das principais fontes de litígio entre o sistema internacional de direitos humanos e o Estado brasileiro. E a Lei de Anistia assumiu papel central nessa disputa.
A Lei de Anistia completa 39 anos neste 28 de agosto. Ao longo dessas décadas, tornou-se evidente que a compreensão dominante até hoje no Brasil não é compatível com as normas internacionais de direitos humanos.
A interpretação que prevalece nos tribunais nacionais até hoje considera que as graves violações de direitos humanos e crimes cometidos na ditadura são crimes políticos. Essa leitura impede as investigações e garante a proteção aos torturadores do regime militar. No entanto, esses crimes são, por natureza, imprescritíveis e inanistiáveis.
Fonte – Nos Porões da Ditadura, uma Flor