Estreada pela Companhia de Teatro Caros Amigos com direção de João Otávio, a peça já passou pelas cidades de Recife, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Vitória e Campinas. Filha da Anistia conta a história de uma jovem que parte em busca do pai que nunca conhecera e acaba descobrindo um passado de mentiras e omissões, forjado durante os anos de chumbo no Brasil. Clara é uma advogada que procura refazer sua história e esclarecer seu passado, sem imaginar que a sua vida seria radicalmente transformada. Todas as suas certezas caem por terra diante das descobertas sobre seu passado familiar e sobre um período da história do Brasil que poucos conhecem. O texto de Alexandre Piccini e Carolina Rodrigues provoca no público a reflexão sobre esse período, usando como metáfora os desencontros de uma família despedaçada pela ditadura.
A peça tem uma hora de duração e ficará em cartaz quarta-feira, com sessão única às 20h, e quinta e sexta-feira, com apresentações às 10 horas e às 15 horas. A entrada é gratuita. Depois das sessões, haverá debate com elenco e convidados, entre eles, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início.
A primeira exibição da peça em Brasília foi de 25 a 27 de novembro passado, também na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A produção tem diversos apoios: Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, Memorial da Resistência de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Núcleo de Preservação da Memória Política, Fórum Permanente dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, Grupo Tortura Nunca Mais e Armazém Memória.
Marcas da Memória
O projeto Marcas da Memória, responsável pela peça Filhas da Anistia, reúne depoimentos, sistematiza informações e fomenta iniciativas culturais com o objetivo de permitir à sociedade conhecer o passado recente do país e dele extrair lições para o futuro.