“Consideramos que os advogados brasileiros têm muito a contribuir para o resgate da história deste País; os advogados que trabalharam no período da ditadura defendendo os presos políticos têm seus acervos, suas anotações históricas e, certamente, muitos dados que podem ser divulgados para a sociedade brasileira em colaboração com a Comissão Nacional da Verdade”, disse o presidente nacional da OAB a jornalistas à saída do encontro. Ele foi recebido pelos membros da Comissão Cláudio Fonteles (coordenador interino); José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho e Rosa Cardoso. O coordenador da Comissão, ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça, não pode comparecer por se encontrar em tratamento de saúde.
Ophir Cavalcante informou que, além de subsidiar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, contribuindo para o resgate histórico da cidadania, a Comissão do Conselho Federal da OAB pretende estimular o surgimento de comissões congêneres nas Seccionais e principais Subseções da entidade no País. A Comissão Nacional da Verdade, instalada em 16 de maio deste ano, tem dois anos para concluir seus trabalhos de apuração das violações de direitos humanos na ditadura, incluindo mortes, desaparecimentos, torturas e maus tratos a presos e perseguidos políticos naquele período
O advogado e ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, membro da Comissão Nacional da Verdade, também falou a jornalistas sobre a reunião com o presidente nacional da OAB. “Trata-se de uma pareceria muito importante e, com ela, temos a possibilidade de fundir nossa expectativa de coleta de dados e de informações. Como ex-advogado de preso político, posso dizer que todos nós possuímos em nossos arquivos elementos que são importantes e que podem ser carreados para ajudar a Comissão Nacional da Verdade a procurar desvendar esse período da história brasileira”, disse ele.
Fonte – OAB