Dia 2 de novembro, ocorreu um ato em memória dos mortos e desaparecidos políticos da ditadura em Ricardo Albuquerque. O Memorial que abriga os restos mortais dos militantes assassinados.
O ato aconteceu no cemitério do bairro, onde, na década de 90, foi descoberta uma vala comum, onde eram enterrados indigentes, com mais de 2000 ossos. Através de investigações, foram descobertos os restos mortais de 14 militantes revolucionários assassinados pela Repressão Militar que se instaurou no Brasil a partir de 1964.Dentre os militantes mortos, estava um dos dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), membro do Comitê Central do Partido, Luis Guilhardini. O líder comunista foi preso pelo exército brasileiro na sua casa em Oswaldo Cruz, onde se encontrava com a família.
Em 2011, através de uma iniciativa do grupo Tortura Nunca Mais, com apoio da vice-prefeitura do Rio de Janeiro, foi criado um Memorial em homenagem aos militantes covardemente assassinados. Os restos mortais dos revolucionários estão guardados nesse Memorial.
Na última sexta-feira (2), aconteceu um novo ato em memória dos desaparecidos políticos no mesmo local. Foi um ato político/ecumênico, que reuniu diversas entidades que lutam pela abertura dos arquivos da ditadura, expressões religiosas, além da Comissão da Verdade da Alerj.
O PCdoB estava presente e o dirigente Djalma Oliveira, falou em nome do Partido e em memória dos mortos e desaparecidos políticos. Djalma é irmão da militante do PCdoB e guerrilheira do Araguaia, Dinalva Oliveira; assassinada na Guerrilha pelo exército brasileiro.
Fonte – Correio do Brasil