Parte do material foi queimado. Outra parte sumiu”, diz Jair Krischke, presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul. Em reportagem do repórter Rubens Valente publicada ontem pela Folha de S.Paulo, revelou-se que a família de Molinas Dias entregou ao exército um arquivo com documentos confidenciais. O coronel Dias comandava a base do principal centro repressor da ditadura no Rio de Janeiro, o DOI-Codi, na época do caso Riocentro, em que uma bomba explodiu em um carro ocupado por dois militares. Agora, o material deverá ser encaminhado à Comissão da Verdade. O órgão, agora, também deverá requerer toda a documentação sobre o DOPS do Rio Grande do Sul.
Comissão da Verdade busca documentos sobre DOPS gaúcho
A descoberta de documentos apreendidos pelo Exército na casa do coronel reformado Júlio Miguel Molinas Dias, morto há um mês em um assalto em Porto Alegre, reascendeu uma antiga discussão entre os militares gaúchos e movimentos de defesa dos direitos humanos ligados à Comissão da Verdade. “O Comando Militar do Sul apreendeu uma série de documentos do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de Porto Alegre.