Comissão da Verdade dos jornalistas será instalada na Assembleia hoje

O Sindicato dos Jornalistas de Goiás vai instalar, na Assembleia Legislativa, sua Comissão da Verdade, Memória e Justiça, para apurar os casos de violação de direitos humanos contra a categoria, ocorridos durante a ditadura militar. A solenidade terá lugar no Auditório da Escola do Legislativo, nesta quinta-feira, 20, às 19h30.

 

Composta pelos jornalistas Edmilson de Souza, Laurenice Noleto e Pinheiro Salles, a Comissão vai fazer o levantamento histórico dos casos de violação dos direitos humanos dos jornalistas, como torturas, prisões, perseguições, desaparecimentos forçados, mortes e ocultação de cadáveres que tenham ocorrido no Estado, no período de 1964 a 1985.

O levantamento goiano vai compor relatório nacional que será elaborado pela Comissão Nacional da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas Brasileiros, constituída pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). O relatório nacional será encaminhado à Comissão da Verdade, criada no âmbito do Ministério da Justiça, para investigar as violações de direitos humanos cometidas no País, durante a ditadura militar.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Cláudio Curado Neto, diz que o trabalho da Fenaj e do Sindicato dos Jornalistas é uma contribuição das entidades da categoria para que haja um resgate histórico dos fatos ocorridos à época. “A categoria dos jornalistas, pela natureza de seu trabalho, foi uma das mais atingidas pelos crimes de Estado cometidos no regime ditatorial.”

Para além das prisões, torturas, mortes e desaparecimentos, muitos profissionais perderam seus empregos e direitos civis, foram condenados à clandestinidade ou ao exílio, indiciados em processos, resistiram à censura e foram alvo da repressão pela própria natureza de sua função de garantir à sociedade o direito à informação com qualidade.

A Comissão da Verdade dos Jornalistas Goianos terá até o fim de março de 2013 para concluir seus trabalhos. Ela vai buscar informações em arquivos oficiais, colher depoimentos das vítimas e familiares e recolher e analisar documentos que lhe forem encaminhados.

 

 

Fonte – Assembleia Legislativa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *