Durante a solenidade, que ocorrerá às 19 horas, no auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Audálio lançará seu novo livro “As Duas Guerras de Vlado Herzog”, que aborda o papel histórico do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, tendo à frente o próprio Audálio, na denúncia da prisão e morte de jornalistas durante a ditadura, culminando com a acusação do assassinato de Herzog pelos militares.
A instalação da comissão cearense faz parte do programa de comemorações dos 60 anos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado (Sindjorce). Composto por Messias Pontes e Eliézer Rodrigues, integrantes da Comissão de Ética do Sindjorce; Nazareno Albuquerque, jornalista da TV O Povo; Iracema Sales, repórter do Diário do Nordeste; e a documentarista Marilena Lima, o grupo de jornalistas tem a missão de resgatar, através de pesquisa ou depoimentos, a história dos colegas perseguidos e mortos, e de tantos outros que tiveram suas vidas pessoais e profissionais expostas e alteradas. Ou seja, o principal foco do trabalho é fazer o mais amplo levantamento identificando os profissionais de imprensa vítimas da ditadura militar.
Comissão nacional foi instalada em janeiro
A Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas Brasileiros foi instalada no dia 18 de janeiro, durante o Seminário Internacional Direitos Humanos e Jornalismo, realizado em Porto Alegre, com a presença da ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. Em um trabalho conjunto com comissões estaduais organizadas pelos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Jornalistas, a Comissão da FENAJ sistematizará as informações colhidas em suas regionais para produzir relatório final a ser entregue à Comissão Nacional da Verdade.
Além de Audálio Dantas, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo em 1975, ano em que Vladimir Herzog foi torturado e morto no DOI-CODI, também integram a Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas Sérgio Murillo de Andrade, diretor de Relações Institucionais da FENAJ; Rose Nogueira, representante do Grupo Tortura Nunca Mais na Comissão da Verdade de São Paulo; Carlos Alberto Caó, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro; e o deputado federal Nilmário Miranda (PT/MG), primeiro ministro dos Direitos Humanos do Brasil.
Fonte – Sindjorce