Stuart Angel
Na verdade deveria ser o contrário: Hilgard Angel, irmã de Stuart Angel já que ele seria mais velho que ela. Digo seria se não tivesse sido assassinado de maneira covarde , cruel, na Base Aérea do Galeão, Rio, em 1971 durante a Ditadura Militar.
Primeiro os militares e agentes o torturaram muito, com choques elétricos, pau de arara, espancamentos etc. etc. depois amarraram o jovem à traseira de um jipe da Aeronáutica e o arrastaram pelo pátio da Base Aérea até a morte. Mais tarde, estes mesmos servidores públicos matariam sua mulher, Sonia Angel, e depois sua mãe a estilista Zuzu Angel.
Hildegard Angel hoje é a testemunha viva das atrocidade praticadas em nome da “Democracia” durante a Ditadura Militar.
Com Hildegard Angel
Mas ontem foi dia de resgate.
O Governo do Estado do Rio, a partir de uma petição lançada pelos moradores do bairro de Senador Camará no Rio de Janeiro promoveu mais um resgate da memória dos heróis nacionais mortos na luta pela Liberdade: inaugurou o Colégio Estadual Stuart Angel.
Hilde descerra a placa de inauguração ao lado do Secretario de Educação do estado
Estivemos presentes, minha mulher Doia e eu, e foi muito emocionante.
Uma grande confraternização.
Com Antonio Pitanga e Haroldo Costa
Nelson Rodrigues Filho e a jornalista Neila Tavares
Com a deputada e Secretária de Estado, Cidinha Campos
Uma centena de pessoas, amigas de Hildegard, de Zuzu, de Sonia, e de Stuart estavam lá. Todos de camisas vermelhas com a figura de Stuart em preto.
Presentes representantes de diversos segmentos sociais, entidades e partidos políticos
Com a UNE à frente temos atrás a jornalista Liliane Aráujo e a Deputada Alice Tamborindeguy. Presente também a cantora Eliana Pittman
Por causa do acordo político que resultou na Lei de Anistia não pudemos ainda mandar para a cadeia os monstros que perpetraram tais crimes contra a nação e o Povo brasileiros, mas a cada homenagem como esta apaga-se o nome destas bestas a serviço da morte e acende-se a chama que mantém viva na memória nacional os que deram sua vida para que hoje gozemos de Democracia e Liberdade.
A história acima narrada é triste, trágica e muito triste, mas faço questão de narrá-la sobretudo para conhecimento das novas gerações, para que não se perca na memória do tempo, e para que nunca mais neste País se repitam tais fatos.