Governador instala nesta segunda-feira Comissão da Verdade

A comissão tem o objetivo de apurar violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar

O governador Ricardo Coutinho dará posse hoje aos sete membros escolhidos por ele para compor a Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória. O ato de nomeação está previsto para acontecer a partir das 10h, no Palácio da Redenção, na Capital. A comissão tem o objetivo de apurar violações aos direitos humanos cometidos entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar.

As comissões estaduais contribuirão com a Comissão da Verdade nacional. Elas terão dois anos para apurar os fatos e apresentar um relatório com as conclusões e recomendações sobre os crimes cometidos em cada Estado. A comissão da Paraíba será presidida pelo professor da Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Paulo Giovani Antonio Nunes.

Além dele, serão empossados o professor de Ciências Sociais da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Fábio Fernando Barbosa de Freitas; a professora do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ), Iranice Gonçalves Muniz – Doutora em Direito Público; a professora aposentada e militante contra a violação dos direitos humanos, Irene Marinheiro. Além do jornalista e empresário, João Manoel de Carvalho, da professora da Pós-Graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas da UFPB, Lúcia Guerra e o advogado e um dos fundadores da Associação dos Anistiados Políticos da Paraíba, Waldir Porfírio.

A professora Lúcia Guerra disse que essa será a primeira vez que os integrantes da Comissão da Verdade se encontrarão. “A partir desse encontro vamos planejar como será o nosso trabalho”. Ela adiantou que pretende contribuir com o grupo através da experiência que adquiriu com os trabalhos desenvolvidos sobre ditadura militar.

“Estamos dispostos a ajudar a esclarecer algumas questões que aconteceram e ainda estão em aberto, a exemplo da perseguição aos integrantes das Ligas Camponesa, como também a vários estudantes. Vamos trabalhar para tentar esclarecer casos como estes”, explicou Lúcia Guerra.

Já a também professora Iranice Gonçalves espera que após a instalação da Comissão seja definido como serão desenvolvidos os trabalhos do grupo. Segundo ela, é possível que logo após a solenidade possa acontecer a primeira reunião da Comissão. “A partir daí vamos fazer alguns encaminhamentos do nosso trabalho”, disse

Ela contou que foi indicada pela sociedade civil organizada. “Minha contribuição será no sentido de fazer um levantamento da história que não foi contada e, se foi, precisa ser complementada”, ressaltou.

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