Os oficiais da reserva declaradamente nunca aceitaram a instalação do grupo de trabalho, feita ano passado pela presidente Dilma Rousseff, e querem deixar registradas as suas versões. Com o interesse dos militares, a comissão negocia o depoimento de outros oficiais.
Espera-se ainda para este mês o depoimento do Major Curió. Em Abril devem surgir um oficial da reserva de Brasília e um de São Paulo, tidos como carrascos no regime.
Apesar da resistência dos oficiais da reserva no início dos trabalhos da comissão, ano passado, o grupo de trabalho e pesquisa tem se dedicado a procurar os militares e ex-policiais envolvidos diretamente no confronto com a esquerda. Em Junho passado, o primeiro a depor foi o ex-delegado do DOPS Cláudio Guerra, confesso matador de militantes nos anos 70 e 80.
Cláudio, que atuou no Espírito Santo pelo DOPS, é o personagem bomba do livro Memórias de uma Guerra Suja, dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros.
Fonte – Coluna Esplanada