No aniversário do golpe, Romário desgasta Marin

Relembrando os tempos de jogador, o deputado Romário (PSB-RJ) voltou ao comando de ataque nesta segunda-feira, e de uma seleção de 54 mil pessoas. Nesta tarde, o deputado visitou a sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog, morto em prisão durante a ditadura militar, para entregar uma petição pública pela saída de Marin da entidade, assinada por 54 mil pessoas desde o dia 19 de fevereiro.

A entrega da petição aconteceu justamente no aniversário de 49 anos do golpe que deu início ao governo ditatorial no Brasil. Entre 1964 e 1985, período que durou o regime militar, Marin despontou para a política em São Paulo, chegando a ocupar o cargo de governador entre 1982 e 1983.

Antes disso, porém, Marin foi deputado estadual. De acordo com Ivo Herzog, discursos dele teriam apoiado à tortura e às prisões arbitrárias ocorridas na ditadura. Após uma dessas prisões arbitrárias, ocorrida em 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi torturado e morto no DOI-CODI, órgão de inteligência ligado ao governo militar.

“José Maria Marin tem sua vida ligada àqueles que sustentaram a ditadura brasileira”, diz o documento entregue à CBF. “Não podemos permitir que Marin viva a glória de estar à frente do maior evento mundial da nossa história [a Copa do Mundo de 2014].”

No dia 14 de março, Romário dise no plenário da Câmara que as suspeitas sobre o presidente da CBF são graves e constrangedoras, principalmente no momento em que o Brasil se prepara para receber a Copa do Mundo de 2014. “Nós, atletas e ex-atletas, ficamos muito desconfortáveis com esse tipo de situação. Será que merecemos ter à frente do nosso esporte mais querido, mais popular, um esporte que orgulha o nosso povo, uma pessoa suspeita de envolvimento, ainda que indireto, com tortura, assassinato e a supressão da democracia?”, questionou.

Fontes – Brasil 247 e UOL

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