A entrega da petição aconteceu justamente no aniversário de 49 anos do golpe que deu início ao governo ditatorial no Brasil. Entre 1964 e 1985, período que durou o regime militar, Marin despontou para a política em São Paulo, chegando a ocupar o cargo de governador entre 1982 e 1983.
Antes disso, porém, Marin foi deputado estadual. De acordo com Ivo Herzog, discursos dele teriam apoiado à tortura e às prisões arbitrárias ocorridas na ditadura. Após uma dessas prisões arbitrárias, ocorrida em 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi torturado e morto no DOI-CODI, órgão de inteligência ligado ao governo militar.
“José Maria Marin tem sua vida ligada àqueles que sustentaram a ditadura brasileira”, diz o documento entregue à CBF. “Não podemos permitir que Marin viva a glória de estar à frente do maior evento mundial da nossa história [a Copa do Mundo de 2014].”
No dia 14 de março, Romário dise no plenário da Câmara que as suspeitas sobre o presidente da CBF são graves e constrangedoras, principalmente no momento em que o Brasil se prepara para receber a Copa do Mundo de 2014. “Nós, atletas e ex-atletas, ficamos muito desconfortáveis com esse tipo de situação. Será que merecemos ter à frente do nosso esporte mais querido, mais popular, um esporte que orgulha o nosso povo, uma pessoa suspeita de envolvimento, ainda que indireto, com tortura, assassinato e a supressão da democracia?”, questionou.
Fontes – Brasil 247 e UOL