Em abril, a comissão exibiu um vídeo gravado com Guerra em Cariacica (ES) em que ele fala sobre um grupo formado por pessoas que participaram da repressão durante a ditadura militar (1964-1985) e que hoje atuaria na área de segurança privada e espionagem.
Detalhes da estadia de Guerra em São Paulo não serão divulgados para não atrapalhar o trabalho. No entanto, na ocasião da entrevista com a comissão, o ex-delegado demonstrou vontade de encontrar ex-agentes da repressão para tentar convencê-los a prestar depoimento.
Guerra fazia parte do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), setor de espionagem da ditadura militar. Ele afirma ter executado militantes que lutavam contra o regime, mas nega ter praticado tortura. Tornou-se evangélico na cadeia (ficou preso por sete anos sob acusação de ter matado um bicheiro) e hoje é pastor de uma igreja da Assembleia de Deus.
“Na época (da ditadura), eu acreditava que estava fazendo o certo, que estava numa guerra. Mais tarde, vi que estava completamente errado. Por isso, quero ajudar”, afirmou Guerra ao Poder Online.
Fonte – IG