Ex-líderes estudantis presos em 1968 são ‘anistiados’ em congresso da UEE

Em encontro em Ibiúna, interior de São Paulo, líderes do congresso da UNE que acabou com 700 presos são lembrados pela participação em uma parte da história do Brasil que, esperam, “não se repita jamais”

Dois ex-líderes estudantis presos no Congresso da União Nacional dos Estudantes em 1968, em Ibiúna, receberam no último final de semana a condição de anistiados políticos pela Comissão da Anistia do Ministério da Justiça: Gonzalo Barreda e Etelvino Bechara. A cerimônia ocorreu no 11º Congresso da União Estadual dos estudantes, também em Ibiúna. O Ministério da Justiça já concedeu anistia política a 170 pessoas que foram perseguidas durante a ditadura (1964-85).

“Eu estou aqui para deixar para meus filhos, netos, alunos, a história do Brasil da qual eu tive o privilégio de fazer parte. Minha intenção é estar aqui para servir de testemunha de uma época terrível por qual o país passou e espero que nunca mais aconteça”, disse Bechara à TVT. A Comissão da Anistia também reafirmou a condição de anistiado político de todos os que participaram do Congresso de 1968.

Os representantes do movimento estudantil se reuniram para homenagear os 700 estudantes presos durante o 30º Congresso da UNE em 1968. “O encontro representa um encontro de gerações, e é um momento de refletir sobre os desafios presentes e os desafios futuros do movimento estudantil , porque referenciados naquelas lideranças de 1968 é que hoje temos a convicção de que seguimos no rumo certo na construção da luta do nosso tempo.” disse a presidente da UNE,Vic Barros.

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