Desde que as buscas aos desaparecidos foram retomadas o GTA conseguiu encontrar nove ossadas, sendo cinco apenas no ano passado.
Desse total, duas estão praticamente identificadas como sendo de guerrilheiros mortos pelo Exército durante a Guerrilha do Araguaia.
A nova busca está gerando muita expectativa entre os integrantes da Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia, como explicou o presidente da entidade, Sezostrys Alves da Costa. “Com o fim do inverno aqui na nossa região vão ser retomadas, agora no início de julho, as expedições do Grupo de Trabalho Araguaia, com esse intuito de tentar localizar os restos mortais dos desaparecidos na Guerrilha. Então, a gente está com a expectativa de serem retomados esses trabalhos para a gente poder avançar nesse sentido”, argumenta.
O GTA
O Grupo de Trabalho do Araguaia é composto por servidores dos Ministérios da Defesa, Justiça e Direitos Humanos e possui especialistas em Antropologia Forense, Geologia, Antropologia, Cartografia e Logística, além de observadores do PC do B, do governo do Pará e de familiares de mortos de desaparecidos.
GUERRILHA
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento iniciado por estudantes, membros do PC do B, que lutavam contra o regime militar e tencionavam montar uma base na Amazônia. O movimento durou entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970. Era composto por cerca de oitenta guerrilheiros sendo que, destes, menos de vinte sobreviveram e mais de 50 desapareceram, mortos em combate na selva ou executados após prisão pelos militares.
Fonte – Diário do Pará